A China se tornou o maior fornecedor de fertilizantes para o Brasil até outubro de 2025, com a importação de 9,76 milhões de toneladas de sulfato de amônio e formulações à base de nitrogênio e fósforo. O relatório, divulgado pela CNA, aponta que essa mudança ocorreu em um período de crescimento acentuado nas importações, superando a Rússia, que enviou 9,72 milhões de toneladas no mesmo intervalo.
O aumento das importações chinesas resultou em longas filas de navios no Porto de Paranaguá, no Paraná, onde os tempos médios de espera para desembarque chegaram a 60 dias. Essa situação causou um significativo gargalo logístico, afetando a capacidade operacional do porto e elevando os custos de transporte e demurrage. A situação reflete um desafio crescente para o setor agrícola no Brasil, que depende de fertilizantes para suas colheitas.
Além disso, o boletim da CNA destaca que as entregas de fertilizantes no Brasil aumentaram 9% até agosto de 2025, com perspectivas de um novo recorde. No entanto, as relações de troca entre culturas agrícolas e fontes de fertilizantes fosfatados permanecem desfavoráveis, o que pode impactar o mercado agrícola e seus custos. A pressão sobre os preços, especialmente dos fungicidas, também é um fator a ser monitorado nos próximos meses.