O governo do México está em processo de elevação das tarifas de importação sobre 983 produtos de 19 setores, o que afetará significativamente as exportações do Brasil. A medida, que se encontra em tramitação no Congresso mexicano, deverá impactar cerca de 232 produtos brasileiros, resultando em perdas potenciais de R$ 1,7 bilhões em exportações para o ano de 2024.
Estudos indicam que 67,6% do valor dos produtos afetados são bens intermediários utilizados pela indústria local. Essa elevação de tarifas pode pressionar os custos de produção no Brasil, comprometendo a competitividade de setores como veículos, químicos, metalurgia, borracha e plásticos. Se aprovada, o Brasil se tornará o quinto país mais impactado pela nova política, atrás de economias como China e Coreia do Sul.
A proposta faz parte de uma nova política industrial da presidente Claudia Sheinbaum e, se implementada, pode gerar um impacto significativo nas cadeias produtivas brasileiras. A negociação de acordos comerciais entre Brasil e México se torna ainda mais urgente, especialmente em um contexto onde países com tratados já estabelecidos, como Estados Unidos e Japão, não enfrentarão essas elevações tarifárias. O cenário atual exige atenção redobrada dos setores afetados e uma resposta proativa do governo brasileiro.