A Vale anunciou sua expectativa de finalizar os pagamentos de indenizações referentes aos desastres de Brumadinho e Mariana até 2027. Essa medida permitirá à companhia retornar ao conceito de dívida líquida, deixando para trás a abordagem de dívida expandida, que atualmente inclui os custos dessas indenizações. O CFO da Vale, Marcelo Bacci, afirmou que ao fim de 2027, a diferença entre as contas de dívida deverá ser mínima, possibilitando essa mudança.
Durante o evento Vale Day, realizado em Londres, Bacci enfatizou que a empresa está se preparando para essa reestruturação financeira. Os desafios enfrentados pela Vale incluem a degradação das minas e o aumento dos custos de exploração, que impactam diretamente na cotação do minério de ferro. Além disso, o presidente da empresa, Gustavo Pimenta, comentou sobre a necessidade de preços de incentivo para equilibrar a produção diante da pressão do mercado e da concorrência.
Com essa estratégia, a Vale busca não apenas melhorar sua posição financeira, mas também enfrentar as mudanças estruturais do setor. A companhia projeta adicionar volumes de produção, mas isso dependerá de condições favoráveis no mercado. O futuro dos pagamentos e da dívida da Vale será monitorado de perto por investidores e analistas, em um contexto de crescente pressão econômica na indústria mineral.


