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Correios suspendem empréstimo de R$ 20 bilhões por altas taxas de juros

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

Os Correios anunciaram a suspensão da contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de bancos, devido ao custo excessivo das taxas de juros. O Tesouro Nacional informou à estatal que não concederia a garantia necessária, uma vez que as taxas propostas estavam em 136% do CDI, superando o limite de 120% estabelecido. Essa decisão foi comunicada após a aprovação inicial da operação pelo conselho de administração dos Correios no último sábado.

A falta da garantia do Tesouro, que atua como fiador e reduz o risco para os bancos, complicou ainda mais a situação financeira da empresa. O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, foi convocado para uma reunião no Ministério da Fazenda, onde tomou conhecimento da rejeição das atuais condições do empréstimo. Com a suspensão, a estatal notificou os bancos e procura renegociar as taxas para viabilizar a operação de crédito.

Se as negociações não resultarem em um custo menor, os Correios poderão necessitar de um aporte direto do Tesouro Nacional para cumprir suas obrigações de curto prazo. Isso exigiria uma alocação de recursos orçamentários e o cumprimento das regras fiscais em vigor. Até setembro de 2025, a empresa registrou um déficit de R$ 6,1 bilhões, enfrentando dificuldades financeiras significativas.

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