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Tesouro rejeita empréstimo aos Correios com juros acima de 120% do CDI

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

O Tesouro Nacional decidiu não conceder aval para um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, caso as taxas de juros superem 120% do CDI. Essa decisão foi anunciada em uma reunião realizada em Brasília no dia 2 de dezembro de 2025, após a proposta inicial, apresentada por cinco bancos, incluir uma taxa de 136% do CDI, acima do limite estabelecido pelo governo.

O Comitê de Garantias do Tesouro define que, para operações sem possibilidade de securitização e com prazo superior a dez anos, a taxa máxima permitida é de 120% do CDI. Com a taxa Selic atual de 15% ao ano, esse limite resultaria em um custo anual de cerca de 18%, enquanto a proposta dos bancos elevaria o encargo para aproximadamente 20,4%, o que foi considerado inaceitável. Essa recusa abre espaço para novas negociações entre os Correios e as instituições financeiras.

Os Correios enfrentam uma grave crise financeira, com um prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. O empréstimo seria utilizado para quitar dívidas e investir em programas de reestruturação, mas a negativa do Tesouro pode dificultar a recuperação da empresa. O governo observa com atenção os desdobramentos desse cenário, que poderá impactar as metas fiscais para 2026 e a atuação das estatais no próximo ano.

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