O Tesouro Nacional anunciou a recusa de um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, que estava sendo negociado com um consórcio de bancos, incluindo instituições como Banco do Brasil e BTG Pactual. A taxa de juros proposta, correspondente a 136% do CDI, foi considerada excessiva, já que o Tesouro estabelece um teto de 120% do CDI para atuar como fiador de empréstimos, o que equivale a cerca de 18% ao ano.
Apesar da recusa, o Ministério da Fazenda não considera o fim das negociações. A expectativa é que uma nova rodada de conversas entre os Correios e os bancos ocorra, com o objetivo de encontrar uma solução que se alinhe ao limite estabelecido pelo Tesouro. A situação financeira dos Correios se deteriorou nos últimos anos, com prejuízos acumulados e desafios enfrentados em um mercado cada vez mais competitivo.
O caso levanta questões sobre o futuro da estatal, que não depende diretamente do Orçamento da União, mas enfrenta dificuldades significativas devido a mudanças tecnológicas e aumento da concorrência. A crise é acentuada por problemas financeiros internos, como o déficit no fundo de previdência dos funcionários, que drena recursos consideráveis. Com a atual administração, a expectativa é de que haja uma reestruturação que permita à empresa reverter sua trajetória negativa.