A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até dezembro é considerada fundamental para o governo brasileiro, o mercado financeiro e os candidatos às eleições de 2026. O professor Ricardo Rocha, coordenador de finanças do Insper, observa que a falta da LDO não levará a um shutdown formal, como nos Estados Unidos, mas resultará em uma desorganização fiscal que pode ser prejudicial. Ele enfatiza que a LDO representa o planejamento financeiro anual do país, delineando gastos, fontes de receita e possíveis cortes.
Rocha alerta que, sem essa sinalização, o ambiente de negócios se torna incerto, levando empresas a não terem referências claras para suas decisões. O Banco Central também pode ser forçado a adiar suas decisões, enquanto investidores tendem a recuar em um cenário de incerteza. Para o mercado, a LDO é a primeira indicação fiscal em um ano eleitoral, sendo vital para a confiança nas propostas dos candidatos.
Com a proximidade das eleições de 2026, Rocha destaca que os candidatos precisarão justificar não apenas suas promessas, mas também as fontes de financiamento. A aprovação da LDO poderá influenciar diretamente a credibilidade das futuras campanhas eleitorais e a estabilidade econômica do país. Assim, a atenção à LDO se torna essencial para todos os envolvidos na política e na economia brasileira.