A conversão à direita com o semáforo fechado, conhecida como Direita Livre, foi implementada em Goiânia a partir de 2024, com a meta de expandir para mais de 150 cruzamentos. O prefeito Sandro Mabel (UB) defende a medida como uma forma de melhorar a fluidez do tráfego, que atualmente já opera em 72 pontos. A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) alega que a manobra trouxe ganhos visíveis para a mobilidade urbana, reduzindo filas e o tempo de espera dos motoristas.
Entretanto, especialistas em trânsito, como o professor Marcos Rothen do Instituto Federal de Goiás, levantam sérias preocupações sobre a eficácia da sinalização. Rothen aponta que a comunicação atual é falha e pode resultar em confusões e riscos para pedestres. Ele sugere que a instalação de placas informativas mais claras e a realização de campanhas educativas são essenciais para garantir a segurança de todos os usuários das vias urbanas.
A SET reconhece os desafios e afirma que está trabalhando para melhorar a sinalização existente, além de intensificar ações educativas. Mesmo com os benefícios da Direita Livre, a necessidade de aprimoramento na comunicação visual e na segurança dos pedestres é um alerta constante. A cidade busca equilibrar a fluidez do tráfego com a proteção dos usuários mais vulneráveis, como pedestres e ciclistas, em meio a um cenário de expansão e adaptação do trânsito local.

