O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, anunciou na terça-feira (2) a formação de um comitê independente liderado por um juiz para investigar o incêndio ocorrido na semana passada em um complexo de arranha-céus residenciais, que resultou na morte de 156 pessoas. As autoridades identificaram que o incêndio se alastrou rapidamente devido a redes de plástico inadequadas que cobriam os andaimes de bambu utilizados nas reformas, desrespeitando normas de segurança essenciais.
O comitê tem como objetivo revisar as falhas nas normas de segurança e supervisão em obras de construção, buscando evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro. John Lee destacou que mudanças nas regulamentações são necessárias e que várias pessoas foram detidas sob suspeita de homicídio culposo. A cidade, em luto, homenageou as vítimas, enquanto a população clamava por justiça e responsabilização dos responsáveis pela tragédia.
As detenções de manifestantes que pediam uma investigação independente levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão em Hong Kong. O governo, sob pressão, enfrenta um dilema entre garantir a segurança pública e responder às exigências da população. O incêndio, o mais letal em décadas, reascende o debate sobre a segurança em edifícios na cidade e a responsabilidade das autoridades.


