O cineasta brasileiro José Eduardo Belmonte lançou, na quinta-feira, 27, seu novo filme Quase Deserto, em Detroit. Com quase quarenta anos de experiência no audiovisual, o diretor, que nasceu em São José dos Campos e cresceu em Brasília, apresenta uma obra que retrata a vida de imigrantes indocumentados em uma cidade marcada pela pandemia e suas consequências sociais.
Quase Deserto narra a história de dois imigrantes latinos e uma mulher americana com uma síndrome rara, que se encontram em Detroit, uma cidade que, segundo Belmonte, representa uma ‘paisagem moral’. A escolha do local não foi aleatória; o cineasta estudou a cidade, permitindo que sua atmosfera influenciasse diretamente o ritmo e a narrativa do filme. A obra foi bem recebida em festivais, incluindo a Première Brasil no Festival do Rio e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Atualmente, Belmonte está em processo de filmagem de Justino, outro projeto internacional, além de desenvolver um longa de terror no Brasil e adaptações de obras de Ignácio Loyola Brandão. O diretor enfatiza a importância de reinventar a produção e circulação do cinema brasileiro, mantendo o foco na experiência humana e em narrativas que transcendam barreiras culturais e geográficas.

