O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) manteve-se em 90,1 pontos em novembro, sem alterações em relação ao mês anterior. Na análise das médias móveis trimestrais, o índice registrou um leve aumento de 0,2 ponto, interrompendo uma sequência de cinco meses de declínio. A coleta de dados para essa edição ocorreu entre 1º e 24 de novembro, abrangendo 49 segmentos da economia.
Embora o índice geral tenha permanecido estável, a pesquisa revelou diferenças significativas entre os setores. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu para 91,6 pontos, refletindo a insatisfação com a situação atual dos negócios, especialmente na Indústria, que apresentou um recuo de 0,7 ponto. Em contraste, o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) subiu para 88,7 pontos, indicando um aumento no otimismo em relação à demanda nos próximos meses, impulsionado por uma melhora nas expectativas em vários setores.
As implicações desses resultados são complexas, especialmente para a Indústria, onde apenas 26% dos segmentos mostraram aumento na confiança. O Comércio, por outro lado, apresentou uma alta significativa de 3,7 pontos, enquanto Construção e Serviços também registraram avanços. O cenário revela um panorama misto, onde a confiança empresarial se estabiliza, mas com setores enfrentando desafios distintos que podem impactar a recuperação econômica no curto prazo.


