Tensão entre Senado e Planalto marca indicação de Jorge Messias ao STF

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

Neste domingo (30), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, criticou o governo federal pela ausência de envio da mensagem oficial que confirma a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal. Alcolumbre afirmou que essa situação causa perplexidade e ressaltou que a prerrogativa de avaliar e votar a indicação é exclusiva do Legislativo. Ele também expressou preocupação com a possibilidade de interferências no cronograma do Senado.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, respondeu às críticas, afirmando que o Planalto não tem a intenção de rebaixar a relação institucional com o Senado. Segundo ela, as indicações feitas pelo presidente Lula sempre seguiram o respeito institucional e tramitaram com transparência. Alcolumbre, por sua vez, garantiu que a sabatina de Messias está marcada para 10 de dezembro e que o prazo segue o padrão de indicações anteriores.

Nos bastidores, há preocupações sobre a aprovação de Messias, que pode enfrentar dificuldades para garantir os 41 votos necessários no plenário. Além disso, a escolha de Messias em detrimento do senador Rodrigo Pacheco, preferido por Alcolumbre, sugere tensões adicionais entre os dois poderes. A situação continua a gerar debates sobre a relação entre o Senado e o Planalto, especialmente em um momento em que as expectativas sobre a governabilidade estão em foco.

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