A recente divulgação de um vídeo que mostra Jair Bolsonaro tentando violar sua tornozeleira eletrônica teve um impacto significativo na sua imagem nas redes sociais. A prisão preventiva do ex-presidente, ocorrida em 30 de novembro de 2025, gerou um volume expressivo de publicações, com 3,3 milhões de interações nas principais plataformas digitais. Especialistas destacam que essa repercussão favoreceu o engajamento das publicações de esquerda, equilibrando o cenário antes dominado por apoiadores do ex-presidente.
Um estudo do Instituto Democracia em Xeque revela que a divulgação das imagens foi crucial para alterar a narrativa em torno da prisão de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, utilizou a tentativa de violação como um dos fundamentos para a prisão preventiva. O pesquisador Alexsander Chiodi aponta que, após a divulgação do vídeo, a direita perdeu a capacidade de sustentar a narrativa de martírio, enquanto a esquerda neutralizou as alegações de perseguição política e religiosa.
Além disso, o impacto do vídeo também silenciou vozes moderadas dentro do bolsonarismo, como a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Essa situação resultou em uma divisão entre os apoiadores de Bolsonaro, que agora enfrentam a dificuldade de minimizar a gravidade da violação da tornozeleira. Os analistas sugerem que esse desdobramento poderá influenciar futuras mobilizações e a imagem pública do ex-presidente.


