Inteligência Artificial Revoluciona a Indústria Musical e Gera Controvérsias

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

Um estudo recente da plataforma de streaming Deezer revelou que 97% dos entrevistados não conseguem distinguir entre músicas criadas por inteligência artificial e aquelas compostas por humanos. Esses dados foram obtidos em uma pesquisa que também apontou um desconforto significativo entre os ouvintes, já que 52% se mostraram preocupados com a possibilidade de não conseguirem identificar a autoria das faixas. A situação se agrava com a presença crescente de artistas virtuais nas paradas de sucesso.

A música gerada por IA, como a faixa “Walk my Walk”, que alcançou o topo das paradas country, destaca a qualidade do áudio produzido por máquinas. No entanto, essa inovação gera um debate ético, uma vez que muitos artistas questionam a utilização de suas obras para treinar esses sistemas sem a devida compensação. O ex-Beatle Paul McCartney, por exemplo, se manifestou contra essa prática, planejando um lançamento que protesta contra a legislação que afeta a indústria musical.

A questão sobre a criatividade e a expressão humana na música também é central nesse debate. Especialistas argumentam que, embora a IA possa criar sons, falta-lhe a intencionalidade que define a arte humana. Esse cenário provoca um dilema entre a inovação tecnológica e a preservação da autenticidade musical, levando a discussões sobre o futuro da indústria e o papel do artista na era digital.

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