Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) estão se posicionando como protagonistas na captação de recursos no Brasil, com um total de quase R$ 60 bilhões em 2025. Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revelam que o patrimônio líquido dos FIDCs ultrapassou os R$ 734 bilhões, um crescimento que se deve a novas regulamentações e ao apetite ampliado dos investidores por crédito estruturado.
A recente evolução do setor é vista como um círculo virtuoso que deve sustentar o crescimento contínuo dos FIDCs. A entrada de empresas de médio e pequeno porte, além da diversificação nos setores atendidos, tem contribuído para o amadurecimento deste mercado. Especialistas como Roberto Cortese, diretor regional de uma instituição financeira, ressaltam que as estruturas de FIDC estão se tornando mais sofisticadas, exigindo um controle mais rigoroso na análise de riscos e garantias.
O futuro dos FIDCs parece promissor, com especialistas prevendo uma ampliação nas áreas de atuação, como precatórios e empréstimos consignados. Apesar dos desafios regulatórios e tributários, o setor está se consolidando, mostrando resiliência em face das dificuldades do mercado. A combinação de um ambiente econômico desafiador e a busca por investimentos com garantias tem alimentado o crescimento deste segmento financeiro.