Tensão nas negociações do TAC com mineradoras em Crixás, Goiás

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

As discussões sobre um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para a Mineração Serra Grande, em Crixás, Goiás, ocorrem em um clima de intensa disputa. Na reunião realizada no dia 24 de novembro, representantes do Ministério Público e das empresas envolvidas debateram os passivos ambientais resultantes de 30 anos de atividades mineradoras, sem que um consenso tenha sido alcançado até o momento.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) confirmou a reunião, cujo objetivo era abordar os danos ambientais significativos causados pela operação da mineradora. O TAC, que deve estabelecer medidas para a mitigação desses passivos, é uma condição necessária para que a empresa continue suas atividades. Estima-se que os passivos relacionados a ações judiciais sumem cerca de R$ 450 milhões, com decisões favoráveis ao MP desde 2004.

Além disso, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) protocolou uma ação civil pública visando embargar as operações da mineradora devido a práticas lesivas ao meio ambiente. O MP também pediu compensações financeiras por danos morais coletivos, destacando o histórico de danos graves e contínuos na região. A situação permanece crítica, com a licença da mineradora vencida desde maio e a necessidade urgente de ações para proteger o meio ambiente local.

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