Em 2024, a inflação da alimentação no domicílio alcançou 8,2%, ajudando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a se situar levemente abaixo da meta de 4,5% para 2025. No entanto, especialistas apontam que a situação para 2026 não será tão otimista, principalmente devido às expectativas em torno dos preços da carne bovina, que devem subir. A pesquisa Focus indica um cenário de desinflação, mas com desafios à vista.
Os analistas destacam que fatores como a apreciação cambial e boas safras contribuíram para a moderação dos preços em 2024. Entretanto, a dinâmica do mercado de carne, que influenciou as revisões da inflação, sugere uma trajetória menos favorável no próximo ano. A expectativa é de que os preços da carne aumentem, pressionando a inflação da alimentação no domicílio, a qual é projetada em 4,9% para 2026, segundo estimativas.
Além disso, a desaceleração esperada nos preços das carnes poderá impactar outros produtos alimentícios, como frutas e laticínios. Com uma taxa de câmbio estável em R$ 5,40, economistas como Andrea Angelo e Fabio Romão alertam que o cenário benigno de 2024 não deve se repetir. Assim, os consumidores podem enfrentar um aumento nos preços dos alimentos, refletindo um cenário inflacionário mais desafiador nos próximos anos.

