O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, uma decisão que rapidamente provocou reações adversas no Senado. A indicação, feita em 20 de novembro de 2025, surpreendeu Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que esperava que o senador Rodrigo Pacheco fosse o escolhido para o cargo. Esse movimento não apenas representa uma mudança na dinâmica política, mas também sinaliza um teste para a lealdade e influência de Alcolumbre no governo.
Messias, que possui uma longa carreira jurídica, enfrenta resistência desde sua indicação. Alcolumbre, que se sente traído, já começou a mobilizar seus aliados contra a aprovação de Messias, agendando uma sabatina para 10 de dezembro, mas com um tempo exíguo para conquistar os votos necessários. A tensão entre o Executivo e o Legislativo se intensifica, pois a recusa do Senado em aprovar a indicação poderia quebrar uma tradição de mais de um século de aprovações de nomeações para o STF.
As implicações dessa crise são significativas, com possíveis repercussões para a governabilidade de Lula e o futuro de sua agenda legislativa. O embate entre Alcolumbre e Lula pode moldar a relação entre o governo e o Congresso nos próximos anos, afetando a eficácia de políticas públicas e, por consequência, a imagem do governo. O desenrolar dessa situação demonstrará a capacidade de Lula de navegar por essa turbulência e manter a coesão de sua base aliada.