A avaliação imobiliária de fundos de investimento imobiliário (FIIs) é um processo complexo que vai além da simples vistoria. Em uma entrevista, Isabela Monastersky, diretora da Binswanger Brazil, explica que essas avaliações, realizadas anualmente, seguem rigorosos critérios estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A metodologia aplicada varia conforme o tipo de imóvel e deve ser justificada no laudo final.
Antes de uma vistoria física, é essencial realizar uma minuciosa verificação da documentação do ativo, incluindo matrícula e certidões. Monastersky ressalta a importância dessa etapa, pois muitos aspectos que influenciam o valor do imóvel não estão visíveis em relatórios. Durante a vistoria, atributos como o estado de conservação e a localização são analisados, uma vez que esses fatores podem impactar significativamente o preço do ativo.
Além da vistoria, a pesquisa de mercado é vital para a avaliação. A diretora destaca que a coleta de dados comparativos de imóveis similares é crucial e pode determinar rapidamente o valor do ativo. Embora o fluxo de caixa descontado seja a metodologia mais comum para FIIs, a complexidade de sua aplicação e os desafios enfrentados durante períodos como a pandemia mostraram a necessidade de métodos alternativos para determinar o valor real dos imóveis.