Um adolescente palestino-americano, de 16 anos, foi libertado após passar nove meses em detenção por Israel, sem julgamento. O jovem, identificado como Mohammed Zaher Ibrahim, foi levado a um hospital devido ao seu estado debilitado, com perda significativa de peso e sinais de escabiose. A prisão ocorreu na Cisjordânia, após acusações de que ele teria atirado pedras em colonos, o que a família nega.
O caso ganhou destaque nos Estados Unidos, devido à cidadania americana do jovem e à pressão exercida por mais de cem organizações e parlamentares democratas. O Departamento de Estado dos EUA interveio, sinalizando a relevância diplomática do caso. Durante a detenção, a família teve acesso restrito a Mohammed, que foi transferido entre prisões conhecidas por suas duras condições.
A libertação foi resultado de um acordo na Justiça militar israelense, onde Mohammed assinou uma confissão e recebeu uma pena suspensa. Este caso destaca a situação de menores palestinos sob custódia israelense, com ONGs estimando cerca de 350 jovens atualmente detidos. A questão dos direitos humanos na região continua a ser um ponto de tensão entre Israel e a comunidade internacional.

