A tensão entre China e Japão atingiu um novo patamar após o anúncio japonês sobre a instalação de mísseis em Yonaguni, uma ilha situada a 110 quilômetros de Taiwan. Em 27 de novembro, o Ministério da Defesa da China declarou que o Japão enfrentará um ‘preço doloroso’ caso ultrapasse os limites estabelecidos por Pequim em relação ao estreito. Essa declaração surge em um contexto de crescente militarização na região, marcada por um histórico de domínio japonês sobre Taiwan entre 1895 e 1945.
A China reforçou sua posição ao afirmar que a questão de Taiwan é um assunto interno e que o Japão não deve interferir. O porta-voz Jiang Bin enfatizou que o Japão não reflete sobre seus passados crimes de agressão, alertando que a intervenção militar no estreito será severamente respondida. A deterioração das relações sino-japonesas é acentuada por declarações da primeira-ministra do Japão, que sugeriu uma resposta militar em caso de ataque chinês a Taiwan.
Paralelamente, o governo russo também expressou preocupações sobre a militarização japonesa, acusando Tóquio de agir sob influência dos Estados Unidos. Enquanto isso, Taiwan se prepara para fortalecer sua defesa com um investimento adicional significativo, desafiando as reivindicações chinesas. O cenário aponta para uma escalada das tensões na região, com implicações que podem afetar a estabilidade geopolítica nas próximas semanas.

