Metade da população do Estado de São Paulo, equivalente a cerca de 22,9 milhões de pessoas, enfrenta restrições no abastecimento de água devido a uma crise hídrica. Essa situação crítica afeta 39 municípios da Região Metropolitana, incluindo a capital, e pelo menos sete cidades do interior, onde a falta de chuvas se faz sentir, como registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A Sabesp, responsável pelo abastecimento em grande parte da região, opera com apenas 26,6% do volume útil em seus reservatórios. Apesar das chuvas recentes, os níveis de água continuam abaixo do normal, levando a medidas de racionamento, como a redução da pressão da água durante a noite. Várias cidades, incluindo São Caetano do Sul e Bauru, já declararam situações de emergência hídrica em resposta à escassez.
As implicações dessa crise hídrica são profundas, afetando não apenas o cotidiano da população, mas também a economia local e a sustentabilidade dos recursos hídricos. Com previsões climáticas que indicam a possibilidade do fenômeno La Niña, a situação pode se agravar ainda mais. Especialistas alertam para a necessidade urgente de monitoramento e adoção de medidas que ampliem a capacidade de armazenamento e promovam o uso racional da água.

