A Hapvida, maior plano de saúde do Brasil, atravessa uma grave crise financeira, evidenciada pela queda de 42,21% em suas ações na Bolsa de Valores em 13 de novembro de 2025. Este tombo ocorreu após a divulgação de resultados operacionais insatisfatórios, que alarmaram investidores e acenderam um alerta sobre a saúde do setor de saúde suplementar. A empresa, que já foi avaliada em R$ 110 bilhões, agora enfrenta uma desvalorização que a coloca em cerca de R$ 8 bilhões.
Os resultados financeiros da Hapvida mostraram um lucro líquido de R$ 337,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento em relação ao ano anterior, mas a queda do EBITDA de 17,6% e um índice de sinistralidade muito acima do esperado revelaram um cenário preocupante. Além disso, o aumento das despesas gerais e administrativas e a modesta geração de fluxo de caixa contribuíram para a percepção negativa do mercado. Analistas apontam que a empresa não conseguiu entregar os resultados esperados em um setor que exige previsibilidade e controle de custos.
Com o desempenho abaixo das expectativas, a Hapvida enfrenta um desafio crescente para recuperar a confiança dos investidores. A aprovação de um programa de recompra de ações, visando sinalizar força ao mercado, pode não ser suficiente para resolver os problemas estruturais enfrentados. A situação atual pode desencadear um efeito dominó em todo o setor de saúde suplementar, que já se encontra sob pressão devido ao aumento de custos e à desconfiança generalizada do mercado.