Galípolo defende foco na meta de inflação de 3% e não na banda superior

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em audiência no Senado que a instituição deve priorizar a meta central de inflação de 3% em vez da banda superior de 4,5%. Ele argumentou que a criação de uma banda foi destinada a amortecer flutuações e não deve ser interpretada como o objetivo a ser alcançado. Galípolo deixou claro que a busca pela meta de 4,5% não faz parte da estratégia do Banco Central.

Durante sua declaração, Galípolo lamentou que as projeções do boletim Focus indicam que a meta de 3% não será cumprida ao longo de seu mandato, que vai até 31 de janeiro de 2028. As previsões apontam uma inflação de 4,18% para o final de 2026 e de 3,80% para 2027, o que demonstra que a instituição enfrentará dificuldades para atingir seus objetivos. Ele reconheceu que isso representa um desafio significativo para a política monetária do país.

As declarações de Galípolo podem ter implicações importantes para a confiança do mercado e as expectativas de inflação no Brasil. A incapacidade de cumprir a meta de inflação pode afetar não apenas a credibilidade do Banco Central, mas também influenciar decisões de investimento e consumo. O cenário econômico se torna mais complexo à medida que se aproxima o fim de seu mandato, exigindo estratégias mais robustas para lidar com as expectativas inflacionárias.

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