O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em audiência no Senado que a instituição deve priorizar a meta de inflação de 3%, ao invés de buscar a banda superior de 4,5%. Ele explicou que a banda foi criada para lidar com flutuações da inflação, mas enfatizou que o verdadeiro objetivo é o centro da meta, que, segundo ele, é de 3%. Galípolo lamentou que, com base nas projeções do boletim Focus, o Banco Central não deverá alcançar essa meta durante todo o seu mandato, que se encerra em 2028.
Durante sua fala, Galípolo destacou que as expectativas do mercado, conforme reveladas pelo boletim Focus, indicam uma inflação de 4,18% para o final de 2026, 3,80% em 2027 e 3,50% em 2028. Esses números estão acima do objetivo central de 3%, o que significa que o BC enfrentará desafios significativos para controlar a inflação em sua gestão. Ele reconheceu que isso pode resultar em um mandato marcado pela dificuldade em alcançar a meta estabelecida, o que é motivo de preocupação tanto para a instituição quanto para a economia nacional.
As declarações de Galípolo levantam questões sobre a eficácia da política monetária atual e a capacidade do Banco Central de manejar a inflação em um cenário econômico desafiador. O reconhecimento de que a meta não será cumprida pode impactar a confiança do mercado e influenciar decisões de investimento. Com a inflação projetada acima do desejado, a gestão do Banco Central enfrentará um período de vigilância e adaptação para responder adequadamente às pressões econômicas.

