Nesta segunda-feira, 24 de novembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma unânime, pela manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em regime fechado. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes, em uma sessão realizada no Plenário Virtual da corte. Moraes ressaltou que Bolsonaro apresenta um histórico de descumprimento de medidas cautelares, agravado por uma tentativa de danificar sua tornozeleira eletrônica.
A prisão de Bolsonaro, que ocorreu no último sábado, 22 de novembro, está ligada a suspeitas de que ele pretendia fugir para escapar de uma pena de 27 anos e três meses, referente a um caso de tentativa de golpe. A ordem de prisão foi respaldada por incidentes que incluíram uma vigília organizada por seu filho e a violação da tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Durante uma audiência de custódia, o ex-presidente alegou ter sofrido alucinações devido a um antidepressivo e expressou preocupações sobre possíveis escutas em seu dispositivo.
Atualmente, Jair Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A decisão do STF pode ter repercussões significativas sobre sua situação legal e política futura, além de impactar a percepção pública sobre as ações judiciais envolvendo ex-mandatários no Brasil. A continuidade desse caso chamará a atenção do público e das autoridades, especialmente em um período marcado por tensões políticas no país.