A Novo Nordisk anunciou que a versão oral do Ozempic não conseguiu retardar a progressão da doença de Alzheimer em estudos recentes, resultando em uma queda significativa de 12% nas ações da farmacêutica dinamarquesa. O anúncio foi feito na segunda-feira, 24 de novembro de 2025, após a avaliação de mais de 3.500 pacientes, que não apresentaram melhorias cognitivas. Esta falha encerra um projeto que poderia ter aberto novas oportunidades para o uso do medicamento, conhecido por seu sucesso no tratamento da obesidade.
Os estudos realizados tinham como objetivo explorar uma nova aplicação do Ozempic, que já demonstrou eficácia em problemas relacionados à obesidade, como a prevenção de doenças cardíacas. No entanto, os resultados não apenas frustraram as expectativas, mas também refletiram as dificuldades enfrentadas pela Novo Nordisk em manter sua competitividade no mercado. A queda acentuada nas ações, o menor nível desde julho de 2021, levanta preocupações sobre o futuro da empresa sob a liderança do novo CEO, Mike Doustdar.
A falha do Ozempic em demonstrar benefícios tangíveis para os pacientes com Alzheimer é um desdobramento que pode impactar negativamente a reputação e a estratégia da Novo Nordisk. Analistas acreditam que o potencial de receita adicional de US$ 5 bilhões, caso o tratamento tivesse sido bem-sucedido, agora se desvanece. A empresa enfrenta um cenário desafiador, onde manter a inovação e a confiança dos investidores será crucial para sua recuperação no competitivo setor farmacêutico.

