O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, expressou suas preocupações sobre a tramitação do projeto de lei Antifacção, que ocorreu de forma acelerada na Câmara dos Deputados e foi aprovado na última terça-feira, 18 de novembro. Em entrevista ao programa Canal Livre, Rodrigues afirmou que a proposta, de autoria do governo Lula e relatada pelo deputado Guilherme Derrite, carece de uma análise mais profunda antes de seguir para o Senado, onde se espera que sejam feitas mudanças significativas.
Rodrigues ressaltou a importância de revisar aspectos do projeto que podem impactar a eficácia das investigações e a capacidade orçamentária da Polícia Federal. Ele defendeu a ampliação de recursos e a cooperação internacional no combate ao crime organizado, além de um melhor aproveitamento dos bens apreendidos em operações policiais. A expectativa é que o Senado, sob a relatoria de Alessandro Vieira, busque um consenso que atenda às necessidades da segurança pública.
O diretor-geral também reiterou que a legislação deve ser um reflexo das demandas da sociedade brasileira por mais segurança. Enquanto o governo busca reverter pontos controversos da proposta, a tramitação no Senado se torna crucial para definir o futuro do combate ao crime organizado no país. Rodrigues acredita que, com as devidas alterações, o projeto poderá fortalecer as ferramentas de investigação da Polícia Federal e contribuir efetivamente para a segurança nacional.

