A transparência nos mercados financeiros se consolidou como um princípio jurídico fundamental em um cenário de crises, como observado nos últimos anos. A confiança, elemento vital para o funcionamento dos mercados, é inatingível sem a adequada transparência, que deve ser compreendida como uma forma de governança que assegura acesso a informações claras e verificáveis.
A nova governança corporativa requer que os gestores apresentem relatórios financeiros detalhados, além de informações não financeiras que incluem práticas de integridade e estratégias de sustentabilidade. Esses dados são cruciais para reduzir a assimetria de informação, permitindo que investidores tomem decisões informadas e conscientes. A transparência, portanto, não se limita a obrigações legais, mas se apresenta como um ativo reputacional que aumenta a competitividade das empresas no mercado.
Ademais, em um ambiente digital em constante evolução, a transparência deve ser equilibrada com a proteção de informações sensíveis. Os conselhos de administração têm o desafio de adotar práticas comunicativas eficazes e responsáveis, assegurando que a governança regulatória moderna promova uma abertura controlada e socialmente relevante. A efetividade dos mercados financeiros depende da implementação rigorosa desse princípio, que contribui para a construção de relações de confiança e a mitigação de riscos institucionais.