Durante a COP30, realizada em Belém, a tensão entre países em desenvolvimento e a União Europeia se intensificou devido a tarifas alfandegárias que são vistas como medidas protecionistas disfarçadas de ações climáticas. Os países dependentes de petróleo levantaram suas vozes contra essas taxas, alegando que elas prejudicam suas economias enquanto a UE insiste na necessidade de reduzir as emissões de carbono.
A discussão sobre tarifas foi um dos principais pontos de conflito na cúpula, ao lado de temas como metas de carbono e financiamento climático. O Brasil, como anfitrião, tem procurado facilitar o diálogo, mas enfrenta desafios significativos, especialmente com a iminente implementação do Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono da UE, que deverá ser aplicado em janeiro. A falta de vontade da UE em rever suas práticas tarifárias complica ainda mais as negociações.
As implicações dessa guerra tarifária são profundas, afetando não apenas o comércio internacional, mas também as políticas ambientais globais. À medida que as tarifas entram em vigor, setores como a mineração veem oportunidades, mas a maioria dos países emergentes teme perder mercado para rivais que não enfrentam as mesmas exigências. O futuro das discussões climáticas dependerá da capacidade de conciliar comércio e sustentabilidade em um cenário cada vez mais polarizado.

