O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a escolha de Jorge Messias para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), desconsiderando as solicitações de maior representatividade feminina e negra na Corte. Entidades como Fórum Justiça e Plataforma Justa criticaram a decisão, afirmando que o governo deve transformar seus discursos em ações concretas para combater a desigualdade de gênero em cargos públicos.
As organizações ressaltaram que a questão não é apenas sobre a escolha de Messias, mas sim sobre a manutenção de um padrão excludente no sistema de justiça brasileiro. Com essa nomeação, a presença feminina no STF foi reduzida a uma única ministra, Cármen Lúcia, após a aposentadoria de Rosa Weber em 2023. Este cenário levanta preocupações sobre a diversidade e a representatividade no alto escalão do Judiciário.
Apesar das críticas, Lula deve indicar uma mulher para ocupar o cargo de advogado-geral da União, com Anelize Almeida, Isadora Cartaxo de Arruda e Adriana Venturini figurando entre as principais candidatas. Essa possível nomeação pode sinalizar um esforço do governo para atender às demandas por maior inclusão e diversidade no sistema judicial, embora ainda haja um longo caminho a percorrer para alcançar a representatividade desejada.

