Uma juíza federal dos Estados Unidos, Jia Cobb, determinou em 20 de novembro a retirada das tropas da Guarda Nacional de Washington. Essa decisão representa um revés significativo para o presidente Donald Trump, que mobilizou as tropas como parte de sua estratégia para combater o crime em áreas governadas por democratas. A ordem, contudo, foi suspensa por 21 dias para permitir que a administração apresente um recurso.
A mobilização da Guarda Nacional, que começou em agosto, foi criticada pelo procurador-geral da capital, que argumentou que a presença militar em atividades de aplicação da lei é desnecessária e potencialmente prejudicial. A juíza Cobb sustentou que a administração Trump havia ultrapassado sua autoridade ao agir sem solicitação das autoridades civis locais. Essa decisão se insere em um contexto mais amplo de desafios legais enfrentados pelo presidente em relação à mobilização de tropas em diversas cidades, como Los Angeles e Portland.
A expectativa é que a Corte Suprema dos Estados Unidos emita uma decisão final sobre a legalidade dessas ações do presidente. Enquanto isso, Trump nega que suas decisões visem especificamente cidades controladas por opositores políticos, embora a controvérsia sobre o uso da Guarda Nacional continue a gerar debates acalorados. O desdobramento desse caso pode ter implicações significativas para a relação entre o governo federal e as administrações locais, especialmente em um clima político já polarizado.


