O Ministério das Relações Exteriores do Brasil avalia que a retirada de tarifas sobre produtos como carne e café, anunciada pelos Estados Unidos em 20 de novembro, representa um “gesto inicial” para promover negociações bilaterais mais profundas. A decisão é uma resposta direta às conversas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump e pode ser interpretada como um sinal positivo para o futuro das relações comerciais entre os dois países.
Os diplomatas observaram que a medida inclui um caráter retroativo, com validade a partir de 13 de novembro, um dia após o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Este aspecto da decisão sugere uma disposição por parte da Casa Branca para avançar em negociações com o Brasil, apesar das complexidades que podem surgir em acordos comerciais mais abrangentes.
Com a expectativa de que as próximas tratativas sejam mais desafiadoras, temas sensíveis como a regulamentação das grandes empresas de tecnologia e o acesso a recursos naturais, como terras raras, devem ser discutidos. A atuação do Itamaraty em responder a essas questões será crucial para definir o futuro das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.


