Economistas consultados pelo Estadão/Broadcast consideram a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de revogar a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros como um avanço significativo. O anúncio, feito em 20 de novembro de 2025, foi recebido com otimismo, especialmente por setores como o agronegócio, que enfrentava uma queda expressiva nas exportações e demissões. A relação comercial entre Brasil e EUA, embora não tão intensa quanto a com a China, continua sendo fundamental para a economia brasileira.
O estrategista-chefe da RB investimentos, Gustavo Cruz, ressaltou que a medida é um sinal de que as negociações comerciais estão se acelerando, o que pode gerar uma leve recuperação no mercado financeiro. A perspectiva é de que essa mudança leve a uma valorização dos ativos de frigoríficos, embora a indústria ainda enfrente desafios devido à política tarifária de Trump, que visa aumentar a produção industrial nos EUA. Os economistas alertam, no entanto, que a retirada das tarifas não resolve todos os problemas enfrentados pelo setor industrial brasileiro.
As implicações dessa decisão podem ser mais amplas, com a possibilidade de uma melhora na cotação do dólar, que pode romper a barreira de R$ 5,30. Além disso, a normalização das exportações, especialmente do café, pode trazer um impacto positivo nas vendas para o mercado americano. A decisão de Trump, embora não elimine todos os desafios, representa um passo em direção a um ambiente comercial mais favorável entre Brasil e Estados Unidos.


