Colômbia propõe saída negociada de Maduro para evitar intervenção dos EUA

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

A Colômbia anunciou sua intenção de promover um plano que possibilite ao presidente venezuelano Nicolás Maduro transferir o poder a um governo de transição, facilitando novas eleições. A proposta é uma alternativa à crescente possibilidade de intervenção militar dos EUA na Venezuela, com o presidente Donald Trump acumulando navios de guerra na região. A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Villavicencio, expressou que essa abordagem pode evitar uma crise humanitária e a prisão de Maduro.

Durante uma entrevista em Madri, Villavicencio afirmou que Maduro poderia aceitar essa proposta se garantias de proteção forem oferecidas. Essa transição, no entanto, depende do apoio da oposição venezuelana, que até o momento não se manifestou favoravelmente. Além disso, as relações entre a Colômbia e os EUA se tornaram tensas, o que pode limitar a influência colombiana na mediação desse processo.

As implicações dessa proposta são significativas, uma vez que uma intervenção militar dos EUA poderia resultar em um novo êxodo de venezuelanos, aumentando ainda mais a crise migratória na região. Com cerca de três milhões de venezuelanos vivendo na Colômbia, um ataque militar poderia gerar uma crise humanitária incontrolável, conforme alertou Villavicencio. O futuro da proposta de transição permanece incerto, dependendo de negociações diplomáticas complexas e da disposição de Maduro em aceitar um acordo pacífico.

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