Durante a COP30, realizada em Belém, a Ucrânia anunciou a intenção de exigir 43 bilhões de dólares da Rússia como compensação pelos danos climáticos causados pela invasão. O vice-ministro da Economia, Meio Ambiente e Agricultura da Ucrânia, Pavlo Kartashov, afirmou que, em três anos de conflito, foram emitidas 237 milhões de toneladas de carbono, um impacto ambiental significativo que deve ser responsabilizado. Essas emissões equivalem ao total anual de países como Áustria, Bélgica e Irlanda juntos.
Kartashov destacou que o clima é uma das vítimas do conflito, referindo-se às consequências devastadoras da guerra que resultaram em grandes quantidades de combustível queimado e florestas incendiadas. A demanda de indenização da Ucrânia se alinha a uma resolução da Assembleia Geral da ONU de 2022, que exige que a Rússia arque com todos os danos causados. O evento em Belém reúne líderes de quase 200 países para discutir ações em prol da proteção climática.
As implicações dessa demanda são vastas, pois a Ucrânia busca não apenas compensação financeira, mas também chamar a atenção global para os impactos da guerra nas questões climáticas. A expectativa é que essa abordagem atraia apoio internacional e pressione a Rússia a reconhecer suas responsabilidades. A COP30 se apresenta como uma plataforma crucial para discutir a intersecção entre conflitos armados e mudanças climáticas, enfatizando a urgência de ações efetivas contra os danos ambientais causados por guerras.