Na noite de segunda-feira (17), o banqueiro Daniel Vorcaro foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, sob a acusação de tentar fugir do país. No entanto, seus advogados afirmaram que a viagem tinha como propósito a assinatura de um contrato de venda do Banco Master para investidores dos Emirados Árabes Unidos. A defesa busca esclarecer as circunstâncias que levaram à sua detenção e refutar a alegação de fuga.
A prisão de Vorcaro aconteceu um dia após a Fictor Holding Financeira divulgar uma proposta de compra do Banco Master, que estava enfrentando sérias dificuldades financeiras. A transação, que previa um aporte significativo de capital, foi condicionada à aprovação do Banco Central e do CADE. Contudo, após a detenção, o Banco Central decretou a administração especial do banco, evidenciando a gravidade da situação enfrentada pela instituição.
As implicações dessa prisão podem ser significativas tanto para Vorcaro quanto para o futuro do Banco Master. A operação de venda, que envolvia um consórcio de investidores e a injeção de recursos, está agora sob revisão devido à intervenção do Banco Central. A situação coloca em dúvida não apenas o futuro do banco, mas também a confiança do mercado nas operações financeiras que envolvem instituições em dificuldades como essa.


