Durante a megaoperação ‘Contenção’ realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reportou ao ministro Alexandre de Moraes do STF que 32 câmeras corporais não funcionaram devido a uma falha técnica. A operação, que envolveu cerca de 2.500 agentes e resultou na morte de 121 pessoas, foi marcada por dificuldades na retirada dos equipamentos, conforme um documento enviado ao Supremo Tribunal Federal.
Castro revelou que apenas 60 policiais civis estavam equipados com câmeras, e quase metade delas apresentaram problemas durante a ação. Embora o governo tenha garantido que as imagens capturadas pelas câmeras em funcionamento foram preservadas e classificadas como evidência, as informações contraditórias levantam preocupações sobre a eficácia do uso desses equipamentos em operações policiais de grande escala.
A situação suscita um debate mais amplo sobre a transparência e a responsabilidade nas operações de segurança pública no Brasil. À medida que as investigações sobre a megaoperação continuam, as autoridades devem esclarecer as divergências nas informações e garantir que as falhas técnicas não comprometam a integridade das operações futuras.


