O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que 30 das câmeras usadas durante a operação Contenção falharam, comprometendo a coleta de imagens. A operação, que ocorreu no dia 28 de outubro e resultou na morte de 121 pessoas, levantou questões sobre a eficácia e a responsabilidade do governo nas ações policiais. Castro afirmou que, apesar das falhas, as gravações preservadas serão enviadas ao STF, junto com laudos necroscópicos das vítimas.
Além das falhas nas câmeras, o governador destacou que a operação foi uma resposta fundamentada ao narcotráfico no Complexo da Penha, caracterizando-a como uma política pública de defesa institucional. O governo do Rio argumenta que a operação deve ser reconhecida como um marco de resistência e efetividade no combate ao crime organizado. Em um relatório enviado ao STF, enfatiza-se a importância de um controle democrático nas ações policiais e a presença contínua do Estado nas comunidades.
As informações apresentadas ao STF são parte de um esforço maior para justificar a operação Contenção como uma medida necessária e proporcional. O relator Alexandre de Moraes já estabeleceu diretrizes para reduzir a letalidade em operações policiais nas favelas do Rio, e a resposta do governo pode influenciar futuras políticas de segurança pública. O desdobramento desse caso poderá impactar a abordagem das forças de segurança nas comunidades e a percepção pública sobre a violência policial no estado.