Mais de 300 lobistas do agronegócio estiveram presentes na COP30, que ocorreu na Amazônia brasileira, onde a indústria é a principal responsável pela desmatamento. Essa participação representa um aumento de 14% em relação ao evento anterior, realizado em Baku, e supera a delegação do Canadá, que trouxe 220 representantes para a conferência. A presença desses lobistas levanta preocupações sobre a influência do setor nas discussões climáticas.
A investigação conjunta do DeSmog e do Guardian destaca que os interesses defendidos por esses representantes incluem a pecuária industrial, grãos de commodities e pesticidas, todos associados a práticas que contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa. A indústria agrícola é responsável por cerca de um quarto a um terço das emissões globais, o que a torna um ator crucial nas discussões sobre mudanças climáticas. Este engajamento de lobistas na COP30 pode impactar a formulação de políticas ambientais e compromissos climáticos futuros.
À medida que a pressão internacional por ações significativas contra a mudança climática aumenta, a presença de tantos lobistas do agronegócio pode dificultar a implementação de medidas mais rigorosas. A interação entre interesses econômicos e políticas de sustentabilidade é um tema recorrente nas conferências climáticas, e a COP30 não é exceção. As repercussões dessa dinâmica são amplas e podem influenciar o futuro da conservação na Amazônia e o combate às mudanças climáticas em nível global.


