O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 17, cotado a R$ 5,33, apresentando uma alta de 0,64%. Este é o primeiro fechamento acima de R$ 5,30 após quatro dias de quedas, impulsionado pela aversão ao risco no cenário internacional. As bolsas de Nova York enfrentaram um tombo, gerando preocupações sobre uma possível bolha nas ações de grandes empresas de tecnologia, o que afetou diretamente o valor da moeda americana no Brasil.
Os investidores estão cautelosos, aguardando a divulgação de indicadores de emprego nos Estados Unidos, especialmente o relatório de setembro, que será publicado em um dia em que o mercado local estará fechado devido ao feriado do Dia da Consciência Negra. O atraso na liberação desses dados gerou um clima de expectativa, já que eles podem influenciar decisões sobre cortes de juros pelo Federal Reserve. Além disso, a recente valorização do real, que levou o dólar a patamares baixos, foi interrompida, levando a ajustes e realização de lucros.
O economista-chefe da Frente Corretora destacou que a postura reticente dos investidores se deve à incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve, que recentemente reduziu a taxa de juros, mas não garantiu novas reduções em dezembro. Enquanto isso, o índice que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas também subiu, refletindo a tensão no mercado. A expectativa por um aumento nas remessas ao exterior e a divulgação da ata do encontro de política monetária do Fed são fatores que devem influenciar o comportamento do dólar nas próximas semanas.


