As taxas de juros futuros no Brasil apresentaram uma alta acentuada nesta segunda-feira, 17, impulsionadas pela valorização do dólar, que alcançou R$ 5,32. O movimento foi notável ao longo de toda a curva de juros, especialmente nos trechos intermediários, refletindo uma crescente aversão ao risco que permeia o mercado global. Essa apreensão é exacerbada pela expectativa da divulgação de dados econômicos relevantes dos Estados Unidos, como o payroll de setembro.
Os agentes do mercado estão em alerta com a divulgação iminente de estatísticas econômicas americanas após um período de suspensão devido ao shutdown. O relatório de emprego pode influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre cortes de juros, que, até agora, o mercado não considera provável. Essa situação contrasta com a contração da atividade econômica no Brasil, que, embora relevante, foi ofuscada pelas incertezas externas.
Além da análise do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que mostrou uma queda de 0,24%, os investidores aguardam a ata da última reunião do Fed e outros dados que podem impactar a economia. O UBS BB projeta uma retração do PIB brasileiro e um crescimento próximo de zero para o segundo semestre. A expectativa é que a volatilidade dos mercados continue, à medida que os dados dos EUA forem divulgados, influenciando as taxas de juros futuras no Brasil.


