Um jornalista indígena compartilha sua vivência na COP30, em Belém, onde se sente como se estivesse sendo engolido por um ambiente opressivo. Ao entrar na zona azul do evento, ele compara a arquitetura a um estômago de animal, refletindo sobre a sensação de sufocamento e desorientação. A presença constante de pessoas e a agitação do local intensificam essa percepção negativa.
O jornalista observa a decoração da zona azul, que inclui grandes pinturas de animais e plantas que lembram açaí, mas que parecem meramente ornamentais. Essa configuração levanta críticas sobre a verdadeira eficácia das discussões ambientais que ocorrem no evento. A sensação de artificialidade e a falta de conexão genuína com a natureza são temas centrais em sua análise.
A experiência do jornalista destaca a desconexão entre a retórica ambiental e a realidade vivida dentro do evento. A crítica à superficialidade das discussões na COP30 reflete uma preocupação maior sobre como os interesses de comunidades indígenas e a verdadeira preservação do meio ambiente são tratados. Este relato pode provocar reflexões sobre a autenticidade dos debates e a necessidade de incluir vozes diversas na luta pela sustentabilidade.


