Em uma reviravolta significativa, o governo da Alemanha suspendeu o embargo parcial à venda de armas para Israel nesta segunda-feira, 17 de novembro. A decisão, que entra em vigor em 24 de novembro, condiciona novas exportações à manutenção do cessar-fogo com o Hamas e à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Essa medida segue um embargo imposto há três meses em resposta ao conflito em Gaza, quando o licenciamento de novas exportações militares chegou a zero.
A Alemanha, que é o segundo maior exportador de armas para Israel, havia restringido a venda de armamentos por considerar que poderiam ser usados em operações em Gaza. O porta-voz do governo enfatizou que a trégua é fundamental para essa decisão, acrescentando que a ajuda humanitária deve ser fornecida em grande escala. Além disso, a Alemanha reafirma seu compromisso com uma paz duradoura entre Israel e os palestinos, apoiando a solução de dois Estados.
A mudança de política ocorre em um contexto de críticas internas ao chanceler federal, Friedrich Merz, que enfrentou pressão para reverter o embargo. A decisão também foi elogiada por autoridades israelenses, que incentivaram outros países a seguirem o exemplo da Alemanha. Este movimento ressalta a complexidade das relações internacionais e os desafios associados ao apoio militar em zonas de conflito.


