No último domingo, 16 de novembro, a Cúpula dos Povos, um movimento que reúne diversas organizações sociais, entregou uma carta ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, em Belém, no Pará. O documento, que inclui críticas ao modelo econômico global e propostas para a justiça climática, surge após intensos protestos que pediram maior participação dos povos tradicionais nas discussões da conferência.
A Cúpula dos Povos reuniu líderes indígenas, quilombolas e ribeirinhos, e foi marcada por uma mobilização significativa que culminou na Marcha Mundial pelo Clima, atraindo cerca de 70 mil pessoas. Durante a entrega da carta, autoridades como os ministros Marina Silva e Sônia Guajajara expressaram seu apoio à causa, ressaltando a importância de ouvir as demandas das comunidades locais e garantir a justiça climática no Brasil.
Os desdobramentos dessa entrega incluem a promessa do governo de realizar consultas prévias aos povos do Tapajós antes de implementar projetos relacionados a hidrovias. A medida é uma resposta direta às reivindicações apresentadas durante os protestos, que clamam pela revogação de decretos considerados prejudiciais e pela demarcação de terras. Essa ação sinaliza uma mudança na abordagem do governo em relação aos direitos dos povos tradicionais e à sustentabilidade ambiental.


