Sheikh Hasina, ex-primeira-ministra de Bangladesh, foi condenada à morte em 17 de novembro de 2025, pelo Tribunal de Crimes Internacionais, por crimes contra a humanidade. A corte concluiu que ela ordenou uma repressão letal a protestos estudantis em 2024, resultando em inúmeras mortes. Hasina, que não estava presente no julgamento, fugiu para a Índia em agosto de 2024 e poderá recorrer da decisão.
O tribunal destacou que as ordens dadas por Hasina para que militares atacassem manifestantes constituem crime contra a humanidade, com o juiz Golam Mortuza Mozumder afirmando que todos os elementos do crime estavam presentes. As manifestações de 2024, que começaram contra um sistema de cotas para empregos públicos, escalaram para pedidos de renúncia da ex-primeira-ministra, que foi acusada de autoritarismo. Estima-se que até 1.400 pessoas tenham perdido a vida durante a repressão, o episódio mais violento desde a guerra de independência em 1971.
Após a condenação, o governo de Bangladesh solicitou a extradição de Hasina à Índia, onde ela se encontra. Em resposta, a ex-primeira-ministra qualificou o julgamento como politicamente motivado e sem acesso adequado à defesa. A condenação acontece em um momento crítico, a poucos meses das eleições parlamentares de fevereiro, das quais seu partido, a Liga Awami, está excluído.


