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Jards Macalé: A crítica à ditadura escondida em canção de amor

Camila Pires
Tempo: 1 min.

O cantor e compositor Jards Macalé faleceu no dia 17 de novembro de 2025. Reconhecido por sua habilidade em mesclar arte e crítica social, em 1972 ele lançou a famosa canção “Meu Amor Me Agarra, E Geme, E Trema, E Chora E Mata”. Enquanto os censores da ditadura militar viam um simples tema amoroso, Macalé utilizava a música para criticar o regime autoritário que o oprimia.

A letra da canção, que fala sobre um amor que “prende entre os dentes e depois abandona”, reflete a natureza opressiva e, ao mesmo tempo, frágil do poder. Ao empregar metáforas, o artista conseguiu transmitir a mensagem de que a brutalidade da ditadura era ilusória e insustentável, revelando seu verdadeiro caráter. Essa abordagem reveladora a torna uma das críticas políticas mais significativas da música brasileira.

O legado de Jards Macalé vai além de sua obra musical; ele representa a resistência cultural contra a opressão. Sua capacidade de articular críticas de maneira sutil e poderosa continua a inspirar artistas e cidadãos. Com sua partida, o Brasil perde uma voz importante, mas suas canções e mensagens persistem como um testemunho da luta pela liberdade e pela verdade.

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