A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cancelou sua sessão programada para esta segunda-feira, 17 de novembro de 2025. A decisão veio após o ex-coordenador de Pagamentos do INSS e um empresário apresentarem atestados médicos e habeas corpus, o que impediu sua participação. A ausência dos convocados levanta questões sobre a condução das investigações em curso.
O ex-coordenador, Jucimar Fonseca da Silva, alegou problemas de saúde, embora a Junta Médica tenha indicado que ele poderia comparecer. O deputado Paulo Pimenta, que solicitou a convocação, enfatizou a importância da sua presença para esclarecer critérios técnicos em convênios suspeitos. Já o empresário Thiago Schettini obteve um habeas corpus que lhe permite não se autoincriminar, uma vez que ele é considerado investigado por práticas ilícitas relacionadas ao INSS.
Essas ausências ocorrem em um contexto de crescente pressão sobre a CPMI, que já resultou na prisão de outros envolvidos em um esquema de corrupção. A operação da Polícia Federal investiga práticas de cobrança ilegal de mensalidades de aposentados e pensionistas, e a CPMI se vê diante da necessidade de novas estratégias para garantir a continuidade das investigações e a responsabilização dos envolvidos. O futuro da apuração depende agora de como a comissão lidará com a resistência dos convocados.


