O cientista político Rafael Cortez discutiu, no programa Ponto de Vista, a relevância do local onde Jair Bolsonaro cumprirá pena e as implicações políticas desse fator. Segundo ele, a diferença entre estar no presídio da Papuda ou em regime domiciliar vai além das condições físicas, afetando a forma como o ex-presidente se relaciona com o mundo externo e, consequentemente, sua influência na política brasileira.
Cortez argumenta que, em regime domiciliar, Bolsonaro teria maior acesso à circulação de informações e, assim, poderia orientar candidaturas e formar alianças. Por outro lado, a prisão na Papuda limitaria significativamente sua capacidade de interagir politicamente, o que poderia travar a reorganização da direita, que já enfrenta um vácuo de liderança após a inelegibilidade do ex-presidente.
Aliados de Bolsonaro estão mobilizados para garantir que ele continue a ser uma referência para o bolsonarismo, buscando mantê-lo próximo da política mesmo em meio a suas condenações. A disputa em torno do local da prisão transcende questões administrativas e se concentra na capacidade de Bolsonaro de manter sua influência e voz na política brasileira após a decisão do Supremo Tribunal Federal.


