O mercado financeiro atualizou suas previsões para a inflação em 2025, reduzindo a expectativa de 4,55% para 4,46% após a divulgação da inflação de outubro, que registrou a menor variação para o mês em quase três décadas. Este índice, que representa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), agora está dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A queda na inflação foi impulsionada por uma redução nas tarifas de energia elétrica, resultando em uma inflação de apenas 0,09% em outubro, a menor desde 1998. Embora a inflação acumulada em 12 meses tenha caído para 4,68%, ela ainda está acima do limite superior da meta, o que sugere que o Banco Central pode manter a taxa Selic em níveis elevados para controlar os preços. A expectativa é que a Selic permaneça em 15% ao ano até o final de 2025, com possíveis reduções apenas nos anos seguintes.
Os analistas de mercado projetam que o crescimento do PIB brasileiro para este ano se mantenha em 2,16%, com previsões mais moderadas para os anos seguintes. A cotação do dólar também é prevista para se estabilizar em R$ 5,40 até o final deste ano. A situação econômica do Brasil permanece complexa, com a inflação ainda acima da meta e um ambiente global incerto, exigindo atenção contínua das autoridades econômicas.